Homus webicus
em Arquitetura de Informação
Este fim-de-semana, vi um documentário interessantíssimo na Discovery sobre uma equipe de paleontólogos americanos que tinham descoberto uma nova espécie de dinossauro, o Paralititan stromeri. Um dos cientistas explicou que Paralititàsignifica "gigante das marés". Faz sentido, porque o bichinho podia ter entre 25 e 30 metros, podia pesar entre 60 e 70 toneladas e vivia numa região pantanosa e salobra onde hoje é o Saara egípcio.
Biologia nunca foi o meu forte na escola, mas adorava estas explicações sobre os nomes da espécies. Ficava intrigada de como era possível catalogar esta imensidão de variedades de espécies que existe em nosso planeta, conectando-os entre si de acordo com sua classe, ordem, família.
Apesar de Aristóteles ter criado o conceito primordial da taxonomia cerca de 350AC, foi somente com Lineu, no século XVIII, que surgiram as primeiras versões sobre regras de nomenclaturas para as espécies como nós conhecemos. E estas regras continuam sendo aperfeiçoadas até hoje.
Quando falamos de taxonomia dos seres vivos, podemos absorver um pouco deste conhecimento e aplicá-lo ao nosso processo de desenvolvimento de ambiente Web.
Digamos que minha empresa fabrica sapatos. Terei um item no menu da empresa chamado Produtos. Logo abaixo de Produtos terei os itens Sandália, Sandalinha e Sandalhão. E acaba exatamente aí a analogia.
Se a minha tia entrar no site procurando uma sandalinha para a sua sobrinha onde ela vai procurar? Será mesmo que ela vai pensar do mesmo modo que eu pensei quando montei o site e irá clicar em Produtos? E será que ela sabe a diferença entre sandália, sandalinha e sandalhão? Nenhum biólogo se preocupa se um leigo vai ler seus estudos e não vai entender a similaridade entre Felis catus e um Ctenocephalides felis felis. Nós não podemos nos dar este luxo.
Por outro lado, podemos não ser tão rígidos. Podemos usar redundância e espalhar os links para a sandalinha num menu ou box de Promoções, Sandálias encalhadas, Para meninas bem-comportadas, Para meninas mal-comportadas e o que mais nossa imaginação permitir. O importante é que o usuário veja algo que se pareça com o que ele precisa, clique e realmente ache sem maiores traumas.