Eu só queria sacar...
em Usabilidade no mundo real
Há dez anos, os terminais de auto-atendimento bancário eram o must. Nunca mais tive de enfrentar fila de caixa para as minhas atividades rotineiras como sacar, depositar, transferir, pagar conta e conferir o extrato. A qualquer hora do dia ou da noite! Depois foi o internet banking. Agora só vou até o banco mesmo para depositar e sacar.
Se esta automatização toda já foi um bom negócio para mim, você já imaginou o quanto que o banco lucra? E apesar disso, algumas interfaces de quiosques e de sites parece descaso com o cliente. E não estou falando das telinhas estilo fake-DOS que muito banco ainda usa por aí.
O Itaú, por exemplo, inventou mais uma. Para efetuar um saque de mais de R$ 40,00, além de enfiar o cartão duas vezes, digitar algum número do cartão, digitar algum dado da minha data de nascimento, não posso mais digitar a senha da forma tradicional. Agora, na tela, existem cinco botões verdes enormes escritos 0 ou 5, 1 ou 6, 2 ou 7, 3 ou 8 ou 5 ou 9 e tenho que digitar minha senha nestes botões. E em dois pontos diferentes do procedimento! Acredite, quando vi esta tela, meu cérebro fritou. Quase tive meu cartão bloqueado nesta brincadeira. E não fui a única, o que explica a fila enorme no terminal de auto-atendimento.
Não me importa se foi iniciativa do próprio banco ou do Banco Central ou do FMI ou do Papa. Constantes mudanças e complicações nos procedimentos constituem um grave problema para o usuário. Se eles erram alguma coisa no final do processo, têm que retomar tudo do início. Aí sim pode surgir algum espertinho pronto para roubar a senha ou pior! um seqüestro relâmpago.
Sempre pode ficar pior
Há três dias que não consigo entrar de primeira no site do Banerj. Não me perguntem o porquê...