pixeladas aleatórias


Não me faça pensar!

em Usabilidade

Carga de trabalho:
O critério carga de trabalho se refere a todos os elementos da interface que possuam um papel na redução da carga cognitiva do usuário e no aumento da eficiência do diálogo. |*|

Roubei sim o título do livro do Steve Krug. Pouco original, mas se encaixa direitinho com a segunda recomendação. Aliás, a melhor explicação para esta guideline vem justamente deste livro.

Nós percebemos uma tela no computador de um modo bem diferente do que uma página de revista ou de livro. Krug diz que exploramos websites mais como um outdoor do que um impresso. Apenas passamos os olhos, não lemos nada de fato. O monitor nos incomoda, a mesa do computador nos incomoda, ficar sentado nos incomoda. Devemos ficar à frente do computador apenas pelo tempo que for necessário.

Para realizar uma tarefa ou encontrar uma informação, é essencial que o usuário consiga fazer isso rápido. Mas como projetar um site que faça isso pelo usuários tanto experientes quanto iniciantes?

Devemos ser breves, e isto inclui conteúdo (tanto textual como visual) conciso, objetivo e claro. Na verdade, seria o caso de, no início do planejamento de um sistema, se perguntar como projetar um que não precise de um help ou treinamento. A resposta pode estar em ser o mais intuitivo possível. Para isso, precisamos saber como o usuário pensa e processa as informações. Além disso, é interessante testar analogias do mundo real ou referências de outros softwares. Afinal, você não conhece de algum lugar os botões de edição do Blogger, como o negrito, o itálico?

Nilsen pularia da cadeira neste momento para defender o minimalismo. Quando olhamos a homepage do Google, está muito evidente o ponto onde a tarefa será realizada. Outros sistemas de busca, como o WebCrawler aprendenderam a lição. Outros como o Excite e o MSN ainda estão insistindo na personalização das HPs como para criar fidelidade, nem que para isso tenham que entupir a página com todas as possibilidades. Outros, como o Blogs.com.br, nem sabe para que servem...

O minimalismo não se aplica somente à quantidade de informações, mas também ao número de ações do usuário. Ao criar um formulário ou uma série de passos que o usuário deve seguir para cumprir seu objetivo, verifique se tem alguma coisa que está sobrando ou alguma informação que não precisa ser digitada novamente pelo usuário. No site do Consórcio Chevrolet, como você já preencheu os seus dados no passo 2 informando o seu endereço, lá na escolha da concessionária, no passo 4, ele já traz as concessionárias da sua cidade. No Pão de Açúcar, como você já informou seu CEP, ele já traz o nome da sua rua no formulário de cadastro no site. Engenhoso, dá um trabalhão, mas o usuário irá agradecer por um campo a menos a ser preenchido.


Mais disso:

  • sobre websites como outdoors: capítulo 2 do "Não me faça pensar", de Steve Krug

publicado em 02/06/2003, às 13:07 | comente!