pixeladas aleatórias


Até que ponto vale a pena?

em Usabilidade

Está certo que o spam é uma praga e iniciativas que possam ser tomadas para reduzir este problema são bem-vindas. Mas há limites para que elas mesmas não sejam piores que o mal que combatem.

Na tentativa de reverter o quadro de enfraquecimento no mercado de provedores, o UOL instituiu ferramentas poderosas [até demais para o meu gosto] contra o spam, vírus e pop-ups impertinentes para os seus assinantes.

A ferramenta Anti-Spam envia uma mensagem para o remetente afirmando que não vai enviar a mensagem para o destinatário se ele não clicar em "enviar e-mail" naquela mensagem de aviso. Oras, a idéia pode ter surgido de uma intenção nobre, mas a execução é de matar.

Imagine uma lista de discussão com quatrocentos usuários, sendo dez por cento deles do UOL. Imagine que metade deles não cadastrou o e-mail da lista para receber mensagens automaticamente. São vinte mensagens de confirmação para cada participação nesta lista. Insano! E se for uma lista em língua estrangeira? Como é que o norueguês, o japonês e o americano vão interpretar uma mensagem como esta? Eles vão achar que esta mensagem de aviso é um spam e vão bloquear do seu próprio jeito.

Mas os problemas não param aí. Para fazer a diferença neste mercado tão concorrido, o UOL não se importa em, por exemplo, invadir a máquina do usuário para instalar um programinha que cata endereços de e-mail. E o UOL não afirma em lugar algum em seu contrato de uso que não utilizará estes e-mails coletados para outros fins que não para ajudar o usuário na configuração do sistema. A única referência leva a uma página inexistente (http://www.uol.com.br/servico/normas/). Que vexame...

publicado em 08/07/2003, às 14:35 | comente!