A usabiliteira contra a legião dos sem-noção
em Usabilidade
De uns tempos para cá, tenho postado pouco no blog. A falta de tempo contribui, mas o fato é que ando um pouco desanimada. Sinto que estou sendo muito repetitiva e que tudo tem sido em vão.
O conceito básico deste blog está baseado em bom-senso, além, claro, do conhecimento empírico e acadêmico. Fico tentando transmitir um pouco das minhas idéias e experiências, mas parece que nada muda. Este blog está on line há um ano e ainda vejo os mesmos problemas. Parece impossível transmitir bom-senso ou, pelo menos, fazer com que as pessoas pensem a respeito.
Veja o caso absurdo do recadastramento dos aposentados com mais de 90 anos pelo INSS. A usabilidade - ou a falta de - chegou às manchetes dos jornais. Somando ao caso do Estadão, este é mais um exemplo típico de que por mais que se fale e que se pense que o assunto usabilidade foi esgotado, ainda há gente tomando decisões absurdas em relação aos seus sites.
Veja bem: Não estou dizendo que a mensagem que publico neste simples blog tenha chegado até as pessoas super-poderosas que tomam decisões nas empresas citadas. Mas é que não estou sozinha, não é? Vários profissionais de Internet que conheço são conscientes de que a usabilidade é um requisito essencial para o sucesso de um projeto. E vários deles são evangelistas como eu. Será que esta cruzada contra os sem-noção levará muito mais tempo do que imaginamos a princípio? O que mais precisamos fazer para avançar neste processo?
Sei que este post está repleto de reações passionais, bem diferente da forma imparcial que tenho escrito. Mas, afinal, este é apenas mais um blog na net. E blogs são para isso mesmo, não é?
Veja mais:
- Site do INSS: tente você mesmo verificar se você precisa ser recadastrado.
- Sugestão da Previdência não tem efeito para idosos, no Jornal do Brasil.
publicado em 14/11/2003, às 14:25 | comentários: 1 | comente!
Comentários
- André M. diz:
- Deve haver alguma coisa que esteja "dominando" a cabeça de muitos web designers (se não uma maioria) no sentido de que não se dão conta sobre a importância da usabilidade e acessibilidade, além dos web standards. Um trabalho de conscientização sobre estas questões é bem complicado, já que mais de 99% dos web designers no mundo inteiro não pensa nisso. É um número muito grande. Outra coisa, a meu ver, é o medo de uma mudança e, talvez, a preguiça de aprender algo novo, mas que é importante. Muitos terminam dizendo (ou pensando): "Ah, porque vou mudar se o que faço agora dá certo?" Este "certo", no entanto, é puramente ilusório. Creio que algumas "pessoas superpoderosas", como gerentes de marketing poderiam entender a linguagem dos números, como economia de banda (usando os webstandards), e portanto, economia nos custos de manter um website e muito mais... Forneça-lhe números.
- enviado em 28/06/2004, às 01:03